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Planejamento da Comunicação Organizacional

Vamos explorar a dimensão estratégica da comunicação organizacional, abrangendo a comunicação oral e escrita.

Muitas empresas sofrem com problemas de ruído na comunicação, ambiguidades e até mal-entendidos. Por isso, é importante que a organização possua um plano estratégico de comunicação, que pode ser elaborado por uma equipe de especialistas ou por colaboradores de diversas áreas empresariais.

Pimentel aponta alguns passos fundamentais para a elaboração de um plano estratégico de comunicação organizacional:

  1. Identificação do público-alvo;
  2. Mapeamento dos canais de marketing e de comunicação com o público;
  3. Cálculo dos recursos necessários para a realização das ações do plano;
  4. Designação dos canais a serem utilizados para a comunicação;
  5. Estabelecimento de um processo constante de avaliação das ações.

1. Diagnóstico e Definição dos Objetivos

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Primeiramente, é necessário que o plano de comunicação esteja alinhado à visão, missão e valores da instituição.

A seguir, deve-se pensar quais são os objetivos propostos, de acordo com a situação da organização:

  • Melhorar os resultados de vendas;
  • Atingir um público maior e mais diversificado;
  • Melhorar a imagem da empresa diante da sociedade civil;
  • Aprimorar o fluxo de comunicação interna ou de comunicação mercadológica;
  • Outros…

Com isso, o diagnóstico da situação da empresa pode ser realizado por meio da reflexão sobre o ponto em que ela está e onde pretende chegar (objetivos e metas).

Além disso, é necessário analisar se, a partir do estado em que a instituição está, é possível alcançar aquilo que pretende ou se algo precisa ser retirado ou acrescentado na rotina comunicacional da organização.

Com base nesse panorama, é possível traçar as estratégias para compor o plano de comunicação organizacional. Esse tipo de procedimento é comum em empresas de grande porte (como as multinacionais), que se dedicam fortemente ao plano de comunicação interna e externa, a fim de estabelecer o bom relacionamento entre gestores, colaboradores, clientes, parceiros e fornecedores.

Pequenas e médias empresas nem sempre se preocupam em planejar e executar ações de comunicação que fortaleçam os vínculos internos e externos da organização.

Refletir, produzir e colocar em prática um plano estratégico de comunicação é um fator preponderante para o sucesso de uma instituição, seja pública ou privada, de pequeno, médio ou grande porte.


2. Plano de Comunicação Organizacional: o Público, o Canal e os Recursos

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Para delimitar o público-alvo das ações de comunicação, é preciso realizar um mapeamento para tentar compreendê-lo:

  • Média de idade;
  • Renda;
  • Escolaridade;
  • Gênero;
  • Localização;
  • Hábitos.

A organização deve procurar atender às expectativas do seu público.

Por outo lado, é importante também analisar a concorrência, a fim de compreender o mercado e incorporar boas práticas que possam melhorar os resultados.

Levando em consideração o perfil do público-alvo, é possível definir os canais de comunicação que podem ser utilizados para atingir os objetivos propostos (televisão, rádio, internet, telefone etc.), de modo que a empresa sempre esteja próxima de seus clientes, que saberão onde buscar informações sobre os serviços ou produtos oferecidos.

Os canais também devem ser pensados na comunicação interna (murais, boletins internos, e-mails, aplicativos de mensagens instantâneas etc.). A manutenção de uma comunicação interna harmoniosa e eficiente (especialmente o dinamismo e agilidade das mensagens instantâneas para a resolução de pequenas questões) motiva e engaja os colaboradores.

Não devem faze parte do plano estratégico ações que não caibam no orçamento da empresa (campanhas publicitárias na televisão, com a participação de grandes estrelas do cinema, por exemplo). Daí a importância de se calcular os recursos necessários para a execução das ações de comunicação. Devem ser selecionadas as que ofereçam melhor relação custo-benefício.


3. As Novas Tecnologias e a Comunicação Organizacional

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Para acompanhar as mudanças no modo de vida da sociedade (influenciado pelo uso das tecnologias digitais) e alcançarem com eficiência seu público-alvo, muitas empresas têm investido na comunicação digital (tanto interna quanto externa). Para isso, é necessário que as organizações saibam interagir com seu público online, e não apenas “jogar” conteúdo para os stakeholders.

Com tantas possibilidades de exposição, é preciso se preocupar com a responsabilidade social, o que agrega valor à organização. É importante utilizar as mídias digitais para favorecer a boa imagem da organização, seja com o marketing, seja com o relacionamento com todos os stakeholders.

É preciso também saber resolver conflitos com clientes que utilizam as redes sociais para demonstrar a sua insatisfação com algum produto ou serviço, de forma que isso não afete os negócios futuros, pois qualquer desvio ou gafe pode afetar negativamente a imagem da empresa perante o público.

Uma estratégia interessante para um bom relacionamento com o cliente pelas mídias sociais é não sobrecarregar os conteúdos publicados com anúncios. Pimentel (2017) orienta que menos da metade do conteúdo publicado em redes sociais deve conter anúncios de produtos e serviços da organização.

É importante gerar conteúdos que apresentem informações de qualidade e de interesse do público, estimulando a manutenção de um relacionamento constante e positivo com a instituição.

Por fim, é imprescindível saber utilizar a linguagem adequada a cada uma das plataformas, respeitando suas especificidades (no Instagram predomina o uso de imagens acompanhadas de legendas relativamente curtas, enquanto no Twitter a linguagem é escrita com um número limitado de caracteres).

É preciso estar atendo às tendências da sociedade em que a organização está inserida, a fim de que conquiste, de fato, resultados positivos.

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As Dimensões Humana, Instrumental e Estratégica da Comunicação Organizacional

1. Dimensão Humana da Comunicação

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As instituições são compostas por seres humanos, que são influenciados por fatores sociais, culturais, políticos e econômicos. Por isso, é fundamental pensar na comunicação interpessoal dentro das organizações.

Essa dimensão vem sendo valorizada, especialmente porque o uso excessivo de tecnologias tem afetado o relacionamento interpessoal, afastando os indivíduos fisicamente e privilegiando um contato mais mecânico, condicionado ao uso de ferramentas tecnológicas.

Para evitar essa mecanicidade dentro da comunicação comunicativa, diversos autores têm defendido a necessidade de uma comunicação organizacional mais humana, em detrimento da comunicação puramente técnica e racional, cujo único objetivo é a melhoria dos resultados e metas para obtenção de lucros.

Para Kunsch, uma alternativa seria a criação de canais de comunicação internos diretos, conectando chefes e colaboradores de todos os níveis hierárquicos das instituições, de forma que todos se percebam como parte importante da equipe para o desenvolvimento da organização.

Assim, os colaboradores têm mais espaço para opinar sobre assuntos diversos relacionados à instituição, o que faz aumentar o nível de engajamento desses colaboradores, pois não se sentem intimidados por seu chefes, uma vez que são vistos como parte importante do sucesso da organização.


2. Dimensão Instrumental da Organização

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Nessa dimensão, o foco está nos instrumentos utilizados para a transmissão de informações. A comunicação é vista de forma linear, técnica e funcional.

A comunicação é entendida como uma forma de viabilizar os processos empresariais e permitir que a instituição alcance seus objetivos. Contudo, essa dimensão da comunicação organizacional é criticada por ignorar os contextos em que estão inseridos os indivíduos envolvidos nos processos organizacionais.

Há alguns anos, grande parte das empresas ainda entendia a comunicação entre chefes e colaboradores como unilateral, uma transmissão de ordens e direcionamentos determinada de cima para baixo, na esfera de poder.

Com as mudanças sociais ocorridas atualmente, a dimensão instrumental foi abrindo espaço para a dimensão humana, mais preocupada com o diálogo e interação entre os participantes dos processos empresariais, e não somente entre os gestores.


3. Dimensão Estratégica da Comunicação

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É muito semelhante à dimensão instrumental, pois também tem foco na eficácia dos processos e resultados da empresa. O que as diferencia é o fato de que a dimensão estratégica busca alinhar as ações comunicativas que existem na instituição, de forma planejada e organizada em relação à missão, visão e valores da organização.

Essa dimensão agrega valor à instituição, destacando-a no mercado e potencializando o alcance de seu público-alvo. Em geral, esse plano de gestão comunicacional é produzido por profissionais especialistas em comunicação, que refletem sobre os processos de comunicação interna e procedimentos de comunicação externa, ou seja, sobre a relação da organização com o público-alvo e a sociedade. A eficácia desse plano estratégico faz com que a empresa seja bem vista, tanto por seus funcionários quanto pela comunidade externa a ela.

As três dimensões da comunicação podem ocorrer simultaneamente em uma mesma organização. Porém, uma pode ocorrer com maior ou menor frequência que outra.

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Perspectivas da Comunicação Organizacional

A comunicação organizacional perpassa todas as formas de comunicação de instituições públicas e privadas.

Para obter êxito nesse trabalho, é preciso atuar de forma integrada, tendo em mente as seguintes categorias:

  • comunicação institucional;
  • comunicação interna;
  • comunicação administrativa;
  • comunicação mercadológica.

Certas decisões tomadas dentro das instituições precisam ser comunicadas a todos os setores e/ou indivíduos que a compõem, bem como o público a quem se destina seu trabalho.

Assim, é possível que todos trabalhem com a mesma perspectiva e compreendam as mudanças de trajetória que possam ocorrer.

Os atores envolvidos na elaboração do plano de comunicação são chamados de stakeholders (gestores, colaboradores, clientes, acionistas, parceiros, fornecedores e sociedade). São o público interno e externo de uma instituição.


1. Comunicação Institucional

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Tem como objetivo zelar pela imagem da instituição diante dos stakeholders. É responsável pela construção e manutenção da identidade corporativa da organização (Pimentel, 2017).

  • Construção da identidade visual da empresa;
  • Divulgação de sua filosofia, políticas e objetivos;
  • Divulgar as estratégias de identificação do público com a empresa (maior interação com o público-alvo);

Em outras palavras, é o conjunto de ações comunicativas por meio das quais as instituições buscam ganhar simpatia, credibilidade e confiança de seu público.

Assim, com a comunicação institucional, as organizações têm a possibilidade de se desenvolverem e se consolidarem no mercado, além de engajarem o público. No entanto, precisa ser coerente com a missão, visão e valores da organização a que se refere.


2. Comunicação Mercadológica

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Diz respeito à divulgação dos produtos ou serviços desenvolvidos por uma empresa, com base em pesquisas de mercado, que apontam as necessidades e anseios do público consumidor.

Exemplos: Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), publicidade, marketing digital, promoção de vendas, participação em feiras e exposições. Através dessas ações, o público pode entrar em contato com a instituição.

Com as inovações tecnológicas, as instituições vêm mantendo contato com seu públic-alvo por meio das plataformas digitais (websites e redes sociais).

A comunicação mercadológica se compõe de uma mensagem persuasiva, elaborada com base nas necessidades do público ao qual se destina, por meio dos canais a que o público tem acesso.

Há, ainda, a comunicação mercadológica voltada para as pessoas que compõem as organizações: o endomarketing. O colaborador é considerado um cliente interno, e também recebe ações que a empresa utiliza para vender a própria imagem.


3. Comunicação Administrativa

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Tem como objetivo fazer circular mensagens no âmbito administrativo da empresa. O processo é composto por planejamento, administração e controle do fluxo comunicativo da organização, com foco nos resultados.

Em geral, ocorre por meio de documentos (formulários e planilhas), que padronizam tarefas e coletam informações em tempo real, para posterior apresentação de resultados.

É um processo de comunicação formal da organização e pode ocorrer por meio de textos orais, mas principalmente por documentos escritos.

Com esses documentos, realiza-se o acompanhamento das tarefas a serem cumpridas, das que estão em andamento e das que foram finalizadas, a fim de viabilizar o surgimento de novas demandas que necessitam de atenção.


4. Comunicação Interna

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Ocorre em todas as áreas da empresa, permitindo a interação entre gestores e funcionários. Propicia um engajamento de todas as pessoas que compõem a organização, facilitando sua rotina e processos internos.

Deve ser mantida a seriedade e a responsabilidade do ambiente corporativo, evitando que surjam e se espalhem falsos boatos a partir de mensagens ambíguas ou sem interesse corporativo.

Exemplos: jornais e revistas institucionais, murais de avisos e boletins.

Atualmente, as empresas vêm usando ferramentas digitais que possibilitam a comunicação entre diferentes setores da empresa: e-mail, aplicativos de mensagens instantâneas, redes sociais. Assim, é possível dar um feedback rápido e direcionado às questões levantadas.

A comunicação interna deve ser direta, organizada e de fácil compreensão, dispensando o uso de palavras rebuscadas (ruídos na comunicação).

Se você passar sempre uma imagem de profissional zeloso, bem-educado, que revisa com cuidado suas mensagens e não comete erros gramaticais, terá mais chances de ser lembrado na hora que surgir uma boa oportunidade profissional.

– Guimarães (2012)

Os quatro fluxos comunicativos devem agir de forma integrada, para que seja possível a visão do todo organizacional e a interação entre os processos comunicativos internos e externos.

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Comunicação Organizacional

No contexto organizacional, ou corporativo, ou empresarial, a comunicação é necessária para que rumos e posicionamentos sejam estabelecidos.

Para que os processos corporativos ocorram satisfatoriamente, é essencial que a comunicação, tanto oral quanto escrita (cartas, ofícios, memorandos, avisos, formulários) seja bem estabelecida.

Para que as formas de comunicação utilizadas alcancem os objetivos pretendidos, é fundamental compreendermos a cultura organizacional.


1. A Cultura Organizacional

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Cultura são as “normas de comportamento, saberes, hábitos ou crenças que diferenciam um grupo de outro” (Dicionário de Português).

A cultura organizacional se configura como os valores e as práticas próprios do ambiente corporativo, ou seja, a forma como os funcionários se relacionam entre si e como isso reflete no serviço que a empresa oferece a seus clientes. Também diz respeito à forma como os gestores (diretores, gerentes, supervisores etc.) atuam, seja diante dos desafios vivenciados durante uma crise econômica, seja quando pretendem expandir os negócios.

Embora cada organização possua suas especificades e uma cultura própria, algumas rotinas são compartilhadas por muitas organizações empresariais, como: processos seletivos, reuniões administrativas, apresentações de resultados e planos de metas.

Toda empresa possui uma identidade organizacional própria, e deseja transmiti-la ao seu público, geralmente com a questão visual (marca, cores, tipo) e a linguagem adotada em campanhas publicitárias (slogans).

A comunicação é vista como um processo de sustentação da organização, exigindo dos profissionais da área uma postura global de avaliação de cada realidade, para que desenvolvam análises mais profundas do contexto organizacional e não ajam meramente baseados em técnicas. Tal comportamento reafirma e contribui para a visão estratégica que o mundo vem exigindo. (Marchiori, 2017)


2. A Comunicação nas Organizações

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É com a comunicação que a sociedade se organiza, pois torna comum uma mensagem ou informação (Chiavenato, 2006). Os indivíduos de uma organização precisam se relacionar uns com os outros e atribuir sentido ao que falam e escrevem, daí o processo comunicativo ser indispensável no contexto empresarial.

O processo comunicativo organizacional ainda envolve o feedback, uma resposta ou reação a determinada ação realizada ou mensagem transmitida. O feedback pode ser positivo ou negativo, mostrando-se útil para que as ações realizadas sejam constantemente avalidadas e corrigidas, se necessário.

Para que a estratégia seja eficiente, é preciso reflexão e avaliação do que está sendo feito para que se possa rever caminhos, pensar novas alternativas que melhorem a comunicação institucional.

A comunicação pode ocorrer face a face ou lançando mão de recursos digitais de comunicação.


3. O Profissional da Comunicação Organizacional

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Em algumas empresas, a comunicação organizacional ocorre de forma descentralizada, com a contribuição de profissionais de diferentes áreas e setores.

Entretanto, a competitividade do mercado e a consequente busca por melhores resultados levou muitas organizações a montar estratégias para a melhoria na qualidade dos seus processos educacionais, alocando um profissional com experiência e maturidade de ideias e técnicas de comunicação, capaz de traçar planos estratégicos com equipes engajadas nessa tarefa.

O comunicador corporativo deve unir as capacidades de gestão e comunicação. Mais que formação educacional, ele deve ter bom nível de comunicação interpessoal e empresarial, visão estratégica, experiência e noção do todo. Conhecer o contexto da organização, seus objetivos, metas, missão, visão e valores é essencial (Pimentel, 2017).

O profissional de comunicação organizacional deve elaborar planos de comunicação interna, realizar ações de marketing institucional, atender bem os clientes e ter um bom relacionamento com gestores, imprensa e membros da sociedade civil. Nessa função, convergem conhecimentos de administração, marketing, jornalismo, publicidade, relações públicas entre outros.

Em algumas instituições, esse trabalho é terceirizado, partindo da contratação de empresas especializadas em gestão de comunicação, responsáveis por elaborar materiais (sites, blogs, jornais, revistas institucionais, campanhas publicitárias), realizar consultorias com gestores e formular planos para gerenciamento de crises (falsos boatos, reclamações em redes sociais). Entre as profissões envolvidas, estão jornalistas, publicitários, atores de relações públicas e designers.

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Comunicação: Texto Acadêmico

Principais gêneros textuais acadêmicos (ou científicos):

  • monografias;
  • dissertações;
  • teses;
  • resenhas;
  • resumos;
  • artigos científicos;
  • seminários;
  • palestras;
  • relatórios;
  • projetos de pesquisas;
  • outros textos relacionados ao Ensino Superior;

1. Características da Linguagem Acadêmica

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No discurso científico, busca-se a objetividade, a isenção do autor, sua fidelidade ao fato, a descrição pura e simples, a neutralidade, sem posicionamentos subjetivos, ideológicos ou éticos (Viegas, 1999). Ou seja, nunca se deve utilizar o texto em primeira pessoa (eu).

A comunicação científica requer linguagem perfeita em relação às regras gramaticais, evitando não só o vocabulário popular, vulgar, mas também evitando o vocabulário pomposo. (Marconi e Lakatos, 2003)

Princípios básicos da linguagem acadêmica:

  • Clareza: não deixa margem a várias interpretações, evitando-se ambiguidades;
  • Precisão: cada palavra transmite seu significado real, sem uso de metáforas;
  • Comunicabilidade: abordagem direta e organização lógica dos assuntos;
  • Consistência: equilíbrio existente entre as sessões e subseções do trabalho.

As características do discurso científico se aplicam tanto ao texto escrito quanto ao texto oral.


2. O Trabalho Acadêmico

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Para garantir a padronização e a uniformização do trabalho científico, foram elaboradas algumas normas que regulam sua estrutura. Essa normalização pretende tornar as ideias e concepções científicas apresentadas acessíveis a diferentes leitores de diversas culturas.

A forma de apresentação e os procedimentos adotados em trabalhos acadêmico-científicos são regulados por normas técnicas institucionalizadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Todo trabalho científico é composto de três partes principais:

  1. Elementos Pré-Textuais:
    • capa;
    • folha de rosto;
    • agradecimentos;
    • resumo;
    • sumário.
  2. Elementos Textuais:
    • introdução;
    • capítulos de desenvolvimento;
    • considerações finais.
  3. Elementos Pós-Textuais:
    • referências;
    • anexos;
    • apêndices.

A citação é uma técnica muito importante utilizada nos trabalhos acadêmicos. Permitem o diálogo do trabalho que está sendo desenvolvido com as teorias que o fundamentam, sendo importantes componentes de apoio ao texto. Todas as obras citadas devem ser encontradas ao final, nas referências, para que o leitor possa consultar a fonte original das informações citadas, caso deseje.

O trabalho acadêmico é um instrumento de divulgação de resultados de uma pesquisa científica, que pretende esclarecer e atualizar uma teoria científica. Por isso, espera-se que ele contribua com o avanço do conhecimento e com o desenvolvimento da ciência. É importante que os resultados apresentados tragam contribuições relevantes para a sociedade.

A comunicação acadêmica demanda, portanto, níveis de formalidade e uniformidade necessários à construção e à disseminação do conhecimento, bem como estratégias que fazem da comunicação eficiente.


3. Estratégias de Comunicação Acadêmica

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  1. Leitura:
    • expandir conhecimentos;
    • melhorar a escrita e a expressão oral (repertório sociocultural);
  2. Planejamento da comunicação:
    • aplicar as estratégias de comunicação oral:
      • clareza, precisão, comunicabilidade e consistência;
      • respaldar os argumentos em estudos anteriores ou em dados que possam comprová-los;
      • apresentar todos os tópicos de forma clara e organizada, sem rodeios ou incertezas e imprecisões;
    • aplicar as estratégias de comunicação escrita:
      • revisar e reescrever o texto quantas vezes forem necessárias, conferindo maior qualidade;
      • capítulos de referencial teórico, sem copiar o que outros autores disseram, mas explicando com suas próprias palavras cada um dos tópicos e subtópicos;
      • usar o recurso da citação para apresentar as palavras de um autor sobre o tema em questão (aspas, referência completa da obra, para futura consulta aos autores).
  3. Buscar informações de fontes seguras:
    • livros e artigos acadêmicos;
    • sites de universidades ou instituições científicas;
    • monografias, dissertações e teses.

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Teoria da Comunicação

Em 1960, o linguista russo Roman Jakobson resolveu propor uma versão do modelo comunicativo, de grande relevância nos estudos da linguagem e da comunicação.

Jakobson começou a perceber que as conversas cotidianas possuíam sempre algo em comum: duas pessoas falando sobre determinado assunto, em um determinado contexto, através de um determinado idioma e de um meio (telefone, bilhete, e-mail, face a face).

1. O Modelo Comunicativo de Jakobson

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De acordo com esse modelo, todo ato de comunicação humana possui seis elementos:

  1. A mensagem: as informações que se quer transmitir;
  2. O emissor ou remetente: de quem parte a mensagem;
  3. O receptor ou destinatário: a quem se destina a mensagem;
  4. O código: sistema de signos por meio do qual a mensagem é transmitida (em geral, é o idioma);
  5. O canal: o meio físico pelo qual emissor e receptor se comunicam (telefone, internet, televisão, jornal, rádio etc.);
  6. O referente ou o contexto: o assunto da mensagem, o contexto ao qual ela se refere.
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Emissor e receptor precisam compartilhar do conhecimento do código linguístico utilizado na comunicação.


2. Funções da Linguagem

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Cada uma das funções é centrada em um dos elementos do modelo de Jakobson. Em cada ato comunicativo, um elemento ganha ênfase, o que determina sua função.

  1. Função referencial:
    • Ênfase no referente (assunto);
    • Notícias, reportagens, verbetes de enciclopédias, leis, textos empresariais e acadêmicos;
    • Intenção: informar com o máximo de objetividade.
    • Verbos no presente do indicativo.
  2. Função emotiva ou expressiva:
    • Ênfase no emissor;
    • Poemas, diários e canções;
    • Intenção: focalizar os sentimentos e emoções do emissor;
    • Verbos em primeira pessoa (eu).
  3. Função conativa ou apelativa:
    • Ênfase no receptor;
    • Anúncios e horóscopos;
    • Intenção: convencer o destinatário;
    • Verbos no imperativo, para dar ordens ou conselhos.
  4. Função fática:
    • Ênfase no canal de comunicação;
    • Frases que utilizamos para iniciar ou finalizar uma conversa;
    • Intenção: verificar a qualidade do canal e manter a comunicação livre de ruídos;
    • “Oi, tudo bem?”, “alô”, “ok”, “até mais”, etc.;
  5. Função metalinguística:
    • Ênfase no código, ou seja, na própria linguagem;
    • Intenção: explicar, questionar ou comentar a própria linguagem;
    • Verbetes de dicionários, gramáticas ou quaisquer textos que tenham essa intenção.
  6. Função poética:
    • Ênfase na mensagem;
    • Poemas, canções, provérbios, slogans e jingles.
    • Intenção: trabalhar a forma como as coisas são ditas;
    • Recursos expressivos da linguagem são explorados (rimas, sonoridade, ritmo, trocadilhos, metáforas).

Para identificar a função da linguagem em determinado texto, precisa-se perceber qual elemento comunicativo está sendo focalizado.

É possível encontrar mais de um elemento em ênfase, apresentando, assim, mais de uma função. Nesses casos, uma função é a principal, enquanto as outras se tornam secundárias. Por isso, é válido falar em texto predominantemente referencial ou predominantemente apelativo.


3. Críticas ao Modelo Comunicativo de Jakobson

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O esquema teórico de Jakobson (2007) foi inspirado em um modelo matemático.

Com o tempo algumas críticas começaram a surgir com relação a esse modelo:

  • Simplifica demais o processo de comunicação entre os seres humanos, que nem sempre ocorre de forma tão mecânica (a comunicação é afetada pela cultura e experiências de cada ser humano);
  • Uma mensagem nem sempre é bem recebida pelo destinatário, o referente nem sempre está acessível e ou é conhecido, o que pode comprometer a interpretação do texto.
  • A comunicação verbal ocorre de forma circular, e não linear. Emissor e receptor trocam de papéis a todo instante, e um ato comunicativo pode envolver mais que dois indivíduos. Por isso, hoje, os linguistas preferem chamá-los de interlocutores.
  • Em uma única conversa podem ser transmitidas várias mensagens sobre variados referentes, não havendo (quase sempre) como delimitar uma mensagem principal.

O modelo de Jakobson possui grande relevância para os estudos da comunicação e da linguagem, mas não podemos esquecer a dinamicidade da interação verbal, escrita ou oral.

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Estratégias de Comunicação Escrita e Oral

1. Argumentação e Retórica

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Todo ato comunicativo possui a necessidade de persuadir alguém (Blikstein, 2016). A persuasão se refere não apenas ao ato de convencer alguém, mas ao ato de envolver, de ser aceito pelo público e obter dele um retorno.

Segundo Blikstein, a persuasão consiste em uma operação estratégica que confere à comunicação suavidade, prazer, envolvimento e entusiasmo, a fim de que os ouvintes (a quem solicitamos colaboração) sejam estimulados a produzir a resposta de que necessitamos.

Para conseguir persuadir o público, o orador lança mão da retórica, “a arte de bem falar; argumentação ou comunicação clara; eloquência” (Dicionário de Português).

Argumentos bem fundamentados e explicitados são capazes de convencer o público, seja por meio da linguagem oral ou escrita. Daí a importância da argumentação.

É essencial planejar o que se vai falar ou escrever. Nesse planejamento, deve ser realizado um estudo e aprofundamento do assunto a ser abordado, um plano estrutural do texto (introdução, desenvolvimento, conclusão) e uma simulação do momento da apresentação oral ou da leitura (ensaio).

Para argumentar e ser convincente, é preciso estar seguro do conteúdo e seus desdobramentos, mostrando convicção, autoconfiança e segurança.

Outra habilidade importante para a argumentação é a empatia. O autor de um texto (oral ou escrito) deve sempre se colocar no lugar do seu interlocutor e simular o momento da apresentação, a fim de detectar possíveis falhas. É preciso conhecer o público e tentar antecipar os questionamentos que possam surgir.


2. Técnicas de Comunicação Oral

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Na oralidade, estão envolvidos fatores que estão além do código linguístico: a entonação e a expressão corporal (expressões faciais e gesticulação), que possuem igual importância no ato comunicativo.

O ruído é qualquer pertubação que impeça a comunicação, como a falta de dicção e má pronúncia. Todas as palavras precisam ser cuidadosamente pronunciadas, com entonação entusiasmada, de forma clara e audível. É preciso envolver o ouvinte no que está sendo comunicado, a fim de que ele permaneça atento e interessado.

A voz é a matéria-prima do orador. Para que a voz seja audível por todos, devemos investir na respiração, impulsionando o volume dos sons. Também devemos evitar a perda de fôlego e a produção de sons estridentes com a voz, pois a entonação deve passar tranquilidade e ânimo, além de enfatizar palavras importantes do assunto.

A expressão corporal também exerce importante função comunicativa. Um orador eficiente consegue monitorar seus movimentos e expressões faciais de forma que consiga, com o corpo, confirmar tudo que está apresentando por meio das palavras. E ainda consegue perceber, através da expressão corporal dos ouvintes, quem está interessado ou não no que está sendo apresentado. Essa habilidade é importante para que o seu discurso seja reorientado no sentido de buscar agradar ao público.

Até mesmo em uma conversa informal, conseguimos perceber quando o ouvinte perde o interesse. Ele muda seu campo de visão, olhando para locais distantes, e discretamente afasta seu corpo do local onde está o orador, para sinalizar que deseja finalizar a interação e se ausentar.

Blikstein orienta a articular, de modo harmônico e coerente, a fala (voz, entonação, pronúncia, ritmo e pausas) e a expressão corporal (contato visual, expressão facial, gestos, posturas, movimentação e vestuário).


3. Técnicas de Comunicação Escrita

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Até renomados autores precisam refinar seus textos com o objetivo de chegarem ao nível desejado para publicação.

A melhor técnica para a produção de textos escritos com qualidade é a revisão textual: o processo de reler o texto quantas vezes forem necessárias para corrigir possíveis desvios de escritas e fazer acréscimos, substituições ou cortes necessários para melhorar a redação.

A revisão ideal é aquela feita por outra pessoa, de preferência um redator experiente. Caso seja você mesmo, procurar distanciar-se o máximo possível do seu texto. Deixe para revisar seu texto no dia seguinte, ou pelo menos algumas horas depois de tê-lo escrito. Assim, conseguirá lê-lo com outros olhos.

O redator deve ter empatia em relação aos seus potenciais leitores, ou seja, assumir o ponto de vista de quem consumirá o texto.

Principais aspectos a serem revisados:

  1. Estrutura:
    • O texto segue a estrutura padrão do gênero textual escolhido?
    • É fácil localizar informações no texto?
    • É necessário incluir ou retirar uma imagem do texto, aumentar ou diminuir o tamanho da letra?
  2. Extensão dos parágrafos:
    • Está semelhante, de forma geral?
    • Cada parágrafo trata de um tópico frasal?
  3. Construção das frases:
    • As frases possuem a extensão adequada (nem muito longas, nem muito curtas)?
    • Apresentam as informações de forma clara?
  4. Adequação do nível de linguagem:
    • A linguagem está adequada à situação comunicativa (mais ou menos formal)?
    • No caso de uso da forma padrão, atentar-se a: ortografia, pontuação, concordância verbal e nominal.
  5. Coerência e coesão:
    • As ideias apresentadas ao longo do texto estão coerentes ou se contradizem?
    • As informações seguem uma ordem lógica que facilita a leitura?
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Comunicação Escrita e Oral

Um bom texto é aquele que cumpre satisfatoriamente seu objetivo comunicativo, está adequado ao contexto no qual se insere e se apresenta bem organizado, com coesão e coerência.


1. O Texto Escrito

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A escrita é tida como um meio mais seguro de se comunicar. Por isso, é muito valorizada nos meios profissional e acadêmico.

A unidade textual possui qualidade quando suas partes estão bem construídas. É importante nos atentarmos para conceitos e aspectos relevantes da escrita:

  1. Coesão: é necessário que todas as ideias que compõem o texto estejam relacionadas logicamente, formando uma unidade de sentido.
  2. Coerência: a construção de sentidos que decorre da interação entre autor, leitor e o próprio texto.
  3. Frase: enunciado de sentido completo.
    1. Nominal: não contém um verbo em sua composição;
    2. Verbal: contém pelo menos um verbo em sua composição.
  4. Oração: cada segmento de um período organizado em torno de um verbo ou locução verbal.
  5. Período:
    1. Simples: frase composta de apenas uma oração.
    2. Composto: frase composta de duas ou mais orações, ligadas por conjunções ou locuções conjuntivas (exercem importante papel coesivo).
  6. Parágrafo: conjunto de frases construídas em torno de um tópico frasal.
  7. Tópico frasal: um ou dois períodos que concentram a ideia principal do parágrafo.
    • Cada parágrafo desenvolve uma ideia central e, às vezes, a conclui. Quando se deseja tratar de um novo tópico frasal, inicia-se um novo parágrafo.
Quadro 1 – A frase é marcada por uma pontuação, que designa sua função declarativa, exclamativa ou interrogativa.
Figura 1 – Síntese dos conceitos de frase, oração e período.

Na prática, quando queremos deixar nosso texto mais ágil e conciso, é melhor apostarmos nas frases nominais e períodos simples. As frases curtas são as mais indicadas na maioria dos textos comunicativos, sendo as preferidas na comunicação empresarial, no jornalismo e na publicidade.

Frases longas e mais complexas são mais utilizadas no texto acadêmico e científico, com período composto por coordenação e subordinação.


2. O Texto Oral

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A comunicação oral não difere totalmente da comunicação escrita, são duas modalidades distintas de uso do mesmo sistema linguístico.

A diferença é que a oralidade é dependente do contexto. Já a escrita não depende obrigatoriamente de um contexto situacional, visto que as informações necessárias para a interpretação textual devem estar no próprio texto, explícita ou implicitamente.

Entre as exceções, o “internetês” é uma forma híbrida de comunicação, que permite textos escritos e orais, e divide opiniões na sociedade atual. É importante observar o nível de formalidade, independente da modalidade comunicativa.

Outra diferença está no planejamento e elaboração. A escrita tende a ser mais elaborada e planejada, enquanto a oralidade tende a ser mais espontânea e interativa. O texto escrito permite correções e alterações, enquanto na oralidade não há como mudar o que foi dito.

O texto oral espontâneo costuma ser simples, com uso de frases curtas e pouca densidade informacional, já que os turnos de fala costumam ser interrompidos pelo interlocutor.

Essas características não ocorrem em 100% dos textos produzidos. Existem textos orais complexos e planejados, assim como formas escritas bastante simples e espontâneas.

Existe uma relação estreita entre oralidade e escrita, como os discursos, palestras e poemas que partem de um texto escrito para serem declamados diante do público.

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Princípios da Coerência e Coesão Textual

A coesão é gramatical, mas também é semântica, pois em muitos casos a relação entre as partes do texto se dá com a percepção dos significados e da interação entre os interlocutores. A coesão contribui para a coerência.

São os processos cognitivos que contribuem para a construção de sentido no texto, não necessariamente os processos gramaticais. Isso significa que a coerência é uma espécie de princípio global de interpretação.

Apesar de não serem completamente incoerentes, alguns textos podem apresentar quebra de coerência em pontos localizados, o que pode ser corrigido com base nas metarregras de coerência, de Charroles e Fonseca, cujos princípios básicos são:

  • Continuidade
    • A retomada de elementos e ideias no decorrer do texto.
    • A referência (anáfora e catáfora) é uma estratégia de continuidade.
    • Todo texto precisa tratar de um tópico central, que se mantém ao longo do texto com retomadas.
  • Progressão
    • A partir do eixo central, novas ideias e informações fazem o texto progredir.
    • Sem isso, o texto se torna um grande círculo em que as informações se repetem de forma redundante.
    • A tautologia, pleonasmo ou redundância pode ter sentido enfático, se utilizada de modo planejado. Porém, a repetição desnecessária de ideias prejudica a interpretabilidade do texto, gerando problemas de coerência por falta de progressão textual.
  • Não contradição
    • O texto deve ser coerente interna e externamente.
    • Suas partes não podem se contradizer entre si, deve haver uma lógica compatível entre as ideias.
    • O texto também não pode contradizer a realidade exterior à qual se refere, seja ela real ou fictícia.
  • Articulação
    • Princípio da coerência que tem estreita relação com a coesão.
    • As ideias apresentadas devem ter um encadeamento lógico e uma organização.
    • As relações estabelecidas entre as informações devem estar claras (fluidez de leitura).
    • Estratégia de articulação mais utilizada: conectivos
      • Além disso
      • Porém
      • No entanto
      • Portanto
      • Assim
      • Então
      • (outros)
    • A escolha do conectivo depende da relação que se deseja enfatizar
      • Conformidade
      • Adversidade
      • Complementação
      • Conclusão
      • (outras)
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Coesão Textual

1. O que é Coesão?

É a propriedade de articulação das ideias no texto, tornando-o uma unidade harmônica de sentido, e não um conjunto desconexo de ideias soltas.

É a conexão existente entre as ideias. Ela se manifesta por meio de elementos linguísticos, como conectivos, preposições e conjunções, que articulam as partes do texto.


2. Estratégias de Coesão

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  • Referência
    • Processo de retomada (anáfora) ou antecipação (catáfora) de referentes no texto.
    • Contribui para a manutenção temática e sequenciamento de ideias do texto, evitando repetições desnecessárias.
  • Substituição
    • Substitui uma palavra ou expressão já citada no texto.
    • Evita repetições desnecessárias e proporciona novas relações semânticas, a partir da inserção de novos vocábulos.
  • Elisão (elipse)
    • Recupera um referente sem citá-lo (anáfora zero).
    • Quando a informação elipsada já está clara, a elisão evita redundâncias.
  • Conjunção
    • Mecanismos coesivos que estabelecem vínculos entre frases (de tempo, causa, consequência, alternância, oposição, condição, finalidade, entre outros).
  • Coesão lexical
    • Seleção e uso de palavras que se relacionem entre si.
    • Articula as ideias no texto de modo que a forma e o conteúdo estejam harmoniosamente organizados.

A escrita é mais propícia à utilização dos elementos linguísticos de coesão, pois é possível reler e reescrever. Por outro lado, na dinamicidade da fala, a coesão se estabelece por elementos extratextuais (conhecimento compartilhado, gestos, pausas, entonações…).