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Estratégias de Comunicação Escrita e Oral

1. Argumentação e Retórica

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Todo ato comunicativo possui a necessidade de persuadir alguém (Blikstein, 2016). A persuasão se refere não apenas ao ato de convencer alguém, mas ao ato de envolver, de ser aceito pelo público e obter dele um retorno.

Segundo Blikstein, a persuasão consiste em uma operação estratégica que confere à comunicação suavidade, prazer, envolvimento e entusiasmo, a fim de que os ouvintes (a quem solicitamos colaboração) sejam estimulados a produzir a resposta de que necessitamos.

Para conseguir persuadir o público, o orador lança mão da retórica, “a arte de bem falar; argumentação ou comunicação clara; eloquência” (Dicionário de Português).

Argumentos bem fundamentados e explicitados são capazes de convencer o público, seja por meio da linguagem oral ou escrita. Daí a importância da argumentação.

É essencial planejar o que se vai falar ou escrever. Nesse planejamento, deve ser realizado um estudo e aprofundamento do assunto a ser abordado, um plano estrutural do texto (introdução, desenvolvimento, conclusão) e uma simulação do momento da apresentação oral ou da leitura (ensaio).

Para argumentar e ser convincente, é preciso estar seguro do conteúdo e seus desdobramentos, mostrando convicção, autoconfiança e segurança.

Outra habilidade importante para a argumentação é a empatia. O autor de um texto (oral ou escrito) deve sempre se colocar no lugar do seu interlocutor e simular o momento da apresentação, a fim de detectar possíveis falhas. É preciso conhecer o público e tentar antecipar os questionamentos que possam surgir.


2. Técnicas de Comunicação Oral

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Na oralidade, estão envolvidos fatores que estão além do código linguístico: a entonação e a expressão corporal (expressões faciais e gesticulação), que possuem igual importância no ato comunicativo.

O ruído é qualquer pertubação que impeça a comunicação, como a falta de dicção e má pronúncia. Todas as palavras precisam ser cuidadosamente pronunciadas, com entonação entusiasmada, de forma clara e audível. É preciso envolver o ouvinte no que está sendo comunicado, a fim de que ele permaneça atento e interessado.

A voz é a matéria-prima do orador. Para que a voz seja audível por todos, devemos investir na respiração, impulsionando o volume dos sons. Também devemos evitar a perda de fôlego e a produção de sons estridentes com a voz, pois a entonação deve passar tranquilidade e ânimo, além de enfatizar palavras importantes do assunto.

A expressão corporal também exerce importante função comunicativa. Um orador eficiente consegue monitorar seus movimentos e expressões faciais de forma que consiga, com o corpo, confirmar tudo que está apresentando por meio das palavras. E ainda consegue perceber, através da expressão corporal dos ouvintes, quem está interessado ou não no que está sendo apresentado. Essa habilidade é importante para que o seu discurso seja reorientado no sentido de buscar agradar ao público.

Até mesmo em uma conversa informal, conseguimos perceber quando o ouvinte perde o interesse. Ele muda seu campo de visão, olhando para locais distantes, e discretamente afasta seu corpo do local onde está o orador, para sinalizar que deseja finalizar a interação e se ausentar.

Blikstein orienta a articular, de modo harmônico e coerente, a fala (voz, entonação, pronúncia, ritmo e pausas) e a expressão corporal (contato visual, expressão facial, gestos, posturas, movimentação e vestuário).


3. Técnicas de Comunicação Escrita

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Até renomados autores precisam refinar seus textos com o objetivo de chegarem ao nível desejado para publicação.

A melhor técnica para a produção de textos escritos com qualidade é a revisão textual: o processo de reler o texto quantas vezes forem necessárias para corrigir possíveis desvios de escritas e fazer acréscimos, substituições ou cortes necessários para melhorar a redação.

A revisão ideal é aquela feita por outra pessoa, de preferência um redator experiente. Caso seja você mesmo, procurar distanciar-se o máximo possível do seu texto. Deixe para revisar seu texto no dia seguinte, ou pelo menos algumas horas depois de tê-lo escrito. Assim, conseguirá lê-lo com outros olhos.

O redator deve ter empatia em relação aos seus potenciais leitores, ou seja, assumir o ponto de vista de quem consumirá o texto.

Principais aspectos a serem revisados:

  1. Estrutura:
    • O texto segue a estrutura padrão do gênero textual escolhido?
    • É fácil localizar informações no texto?
    • É necessário incluir ou retirar uma imagem do texto, aumentar ou diminuir o tamanho da letra?
  2. Extensão dos parágrafos:
    • Está semelhante, de forma geral?
    • Cada parágrafo trata de um tópico frasal?
  3. Construção das frases:
    • As frases possuem a extensão adequada (nem muito longas, nem muito curtas)?
    • Apresentam as informações de forma clara?
  4. Adequação do nível de linguagem:
    • A linguagem está adequada à situação comunicativa (mais ou menos formal)?
    • No caso de uso da forma padrão, atentar-se a: ortografia, pontuação, concordância verbal e nominal.
  5. Coerência e coesão:
    • As ideias apresentadas ao longo do texto estão coerentes ou se contradizem?
    • As informações seguem uma ordem lógica que facilita a leitura?

Author:

Actor, Language Consultant, Astrologist and Game Design Student. Sagittarius, 26 y.o. - São Paulo/BR

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