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Cor: Realidade, Percepção Sensorial e Contraste

A cor exerce uma função tríplice:

  • Impressionar: a cor impressiona a retina, que recebe informações luminosas e faz a cor ser vista;
  • Expressar: a cor é sentida, provoca uma emoção;
  • Construir: a cor tem um significado próprio, possui valor de símbolo, podendo assim construir uma linguagem que comunique uma ideia (leveza, alegria, sobriedade etc.)

É uma preocupação antiga do homem reproduzir o colorido da natureza em tudo que o rodeia. Portanto a cor compreende um profundo sentido psicológico.


1. Emprego da Cor nas Diferentes Áreas

Nas artes visuais (como a pintura), a cor não é apenas um elemento decorativo ou estético. É um fundamento de expressão, e está ligada à manifestação de valores sensoriais e espirituais.

Na publicidade, a cor é sentida como forte ferramenta de atração psicológica do consumidor, pois a cor é algo que faz parte de sua vida.

No jornalismo, a cor é utilizada pelo mercado editorial como uma eficaz ferramenta para atrair a atenção de novos leitores, além de se destacar da concorrência.

Na arquitetura, a cor é utilizada para colorir o mundo onde se vive, quebrar os ambientes frios e cinzentos, manipulando assim o espaço a nossa volta.


2. Natureza da Luz e Percepção da Cor

Todo corpo material, orgânico ou inorgânico, tem a propriedade de, ao ser atingido por raios luminosos (naturais ou artificiais), refletir parte ou o todo desses raios.

Os raios refletidos atingem o olho humano e sensibilizam algumas células neurais localizadas no globo ocular: os cones e os bastonetes, que codificam toda a informação em impulsos nervosos. Esses impulsos são então transmitidos ao cérebro através do nervo óptico, e lá serão convertidos em imagem.

Se um corpo reflete todo o espectro da luz incidida, ele é percebido como branco. Se um corpo absorve todo o espectro da luz incidida, ele é percebido como preto. O corpo que é percebido como colorido absorve todo o espectro da luz incidida, refletindo apenas a parte do espectro luminoso correspondente à cor observada.


2.1. (RGB) Síntese Aditiva – Cor Luz

A luz branca é a somatória de todas as cores do espectro, conforme demonstrado por Isaac Newton em seu experimento com o prisma.

No trabalho com mídias digitais ou eletrônicas, não é possível somar todo o espectro para se obter a cor branca. Basta adicionar as 3 cores básicas, na forma de luz: o vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue), que formam o sistema RGB de síntese aditiva.


2.2. (CMYK) Síntese Subtrativa – Cor Pigmento

Os pigmentos coloridos, utilizados em imagens impressas, absorvem alguns raios luminosos e refletem outros (as cores que vemos). A imagem impressa nada mais é do que uma ilusão de óptica, causada pelos pontos de pigmento colorido.

Cada cor básica, ciano (Cyan), magenta (Magenta) e amarelo (Yellow), reflete 1/3 do espectro de luz visível. Portanto, somando-se as 3 cores, temos absorção total da luz, resultando no preto. Contudo, a pureza dos pigmentos gráficos não permite uma absorção completa, e o preto sai comprometido. Daí a necessidade de se utilizar o pigmento preto em si (Key), que atua como cor de correção. Isso completa o sistema de síntese subtrativa CMYK.


2.3. Código Hexadecimal

As cores exibidas em telas e monitores são definidas a partir do código hexadecimal, que é composto pelo sinal de sustenido (#) seguido de 6 dígitos. Os dois primeiros indicam a intensidade da cor vermelha, os dois do meio dizem respeito ao verde, e os dois últimos sobre o azul.

Cada cor tem 256 tonalidades. No hexadecimal, elas são definidas por números e letras:

# 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C D E F G

Sistema hexadecimal significa sistema de 16 unidades. Assim:

  • A = 10
  • B = 11
  • C = 12
  • D = 13
  • E = 14
  • F = 15
  • 0 = 16

Quanto mais próximo do zero, mais escuro, e quanto mais próximo do 15, mais intensa é a cor.


3. Cor e Percepção Visual

Cada pessoa enxerga uma cor de maneira isolada e particular. A cor pode atuar sobre a emotividade humana e dar sensações de movimento e proximidade.

Uma sensação de proximidade só é possível se compararmos cores diferentes entre si:

  • Cores quentes dão a sensação de mais proximidade, calor, densidade, opacidade e secura, além de serem estimulantes.
  • Cores frias parecem distantes, leves, transparentes e úmidas, além de serem relaxantes.

3.1. Classificação das Cores


3.2. Cor e Legibilidade do Tipo

O contraste entre cores do tipo e do fundo deve ser trabalhado, visto que a cor é um elemento de forte influência no processo de percepção e leitura.

A) Monocromáticos

Em trabalhos monocromáticos (em que existe apenas uma cor), o ideal é a procura dos opostos. Quanto mais distantes forem os tons entre si, maior será o contraste.

B) Policromáticos

No caso de trabalhos com várias cores (policromáticos), o ideal é buscar apoio em sombras leves. Utilizar tons de cinza sobre fundo colorido é extremamente delicado. Devemos procurar sempre aumentar o contraste entre texto e fundo.

C) Tons Quentes e Frios na Relação Tipo/Fundo

Tons frios aplicados em tipos perdem o impacto visual, enquanto as cores quentes (dependendo do fundo) são mais impactantes.

O impacto tonal pode ser obtido com uma sombra ou a atenuação do tom através da saturação.

Elementos que facilitam a memorização:

  • Letras e formas em azul (mas não o azul como fundo);
  • O mesmo para amarelo, violeta e vermelho.

Elementos que dificultam a memorização:

  • Encontro de verde e amarelo;
  • Encontro de verde e rosa;
  • Todas as variações de verde a tons pastéis.

4. Características das Cores

4.1. Matiz ou Tom

Corresponde à intensidade espectral de cada cor (qual o comprimento de onda dominante). É o fator diferencial de uma cor, que se especifica com um nome e o que o define em relação aos outros tons (amarelo, verde, vermelho, violeta etc.)

Matiz se refere à cor pura“, sem adição de branco ou preto.

4.2. Saturação ou Grau de Pureza

É um parâmetro que especifica a qualidade de um matiz de cor pelo seu grau de mesclagem com a cor branca.

Quando se adiciona preto a determinado matiz, este se torna gradualmente mais escuro, e essas graduações são chamadas escalas tonais ou degradê.

4.3. Luminosidade ou Valor

É a capacidade da cor de refletir a cor branca que há nela.


5. Harmonização

Johannes Itten (Suíça – 1888-1967) percebeu que havia um certo senso comum entre as cores utilizadas pelos diversos pintores famosos.

Eles faziam, intuitivamente, diversas combinações harmônicas de cores, sem recorrer aparentemente a nenhuma teoria pré-concebida.

Observando o modo como esses pintores combinavam as cores em seus trabalhos ao longo da história, Itten criou uma teoria para isso e a publicou em um livro: The Art of Color, the Subjective Experience and Objective Rationale of Color.

Itten mostra que, embora as pessoas possuam diferentes julgamentos em relação à harmonia das cores, é possível estabelecer algumas regras que fazem sentido para a quase totalidade das pessoas. Ou seja, algumas cores sempre vão combinar melhores com determinadas cores do que com outras. Para demonstrar, ele criou o disco cromático, dividido em 12 cores:

Na montagem de um desenho, gráfico ou cenário, novos elementos vão pouco a pouco sendo adicionados.

Se as cores desses novos elementos formam pares complementares no disco de cores, todos os elementos, ao término do desenho, serão harmônicos: traduzirão paz, calma.

Caso as cores dos novos elementos adicionados forem assimétricas em relação ao disco, os elementos não serão harmônicos: traduzirão agitação, conflito.

Ou seja, conhecendo-se a técnica da combinação de cores, é possível expressar emoções.

Conhecemos mais sentimentos do que cores. Assim, uma mesma cor pode expressar diferentes conceitos, muitas vezes contraditórios, pois nenhuma cor está ali sozinha. Está sempre cercada de outras cores, e é através dessa combinação (acorde cromático) que podemos produzir as sensações desejadas.


5.1. Cores Monocromáticas

É a harmonia que emprega só uma cor, porém em tonalidades diferentes.

Interessante para pequenos espaços. A variação de texturas evita a monotonia.

Depois da complementar, é uma das composições mais utilizadas.


5.2. Cores Análogas

Possuem a mesma cor base e estão justapostas no círculo de cores.


5.3. Cores Complementares

Ocupam lugares opostos no círculo cromático.


5.4. Harmonia Assonante

Caracterizada por múltiplas cores, predominando as cores primárias.


5.5. Harmonia Consonante

Combinação de cores onde há a predominância de uma única cor, ou seja, relaciona-se um conjunto de matizes próximos (vermelho, laranja, amarelo e verde, por exemplo).


5.6. Harmonia Dissonante

Combinação de cores que utiliza um conjunto formado por cores complementares.


5.7. Harmonia Triádica

Consiste na utilização de três cores equidistantes no círculo cromático. Possui alto contraste com riqueza de cores.


5.8. Harmonia Tetrádica

Usa dois pares de cores complementares, dando bastante contraste e possibilitando inúmeras variações.


5.9. Harmonia Cores em Quadrado

Semelhante ao esquema tetrádico, mas com cores equidistantes no círculo cromático, que formam um quadrado.


6. Aspectos Culturais da Cor

Os costumes sociais e os aspectos psicológicos são fatores que interferem na escolha das cores. Em determinadas culturas, é comum diferenciar, por exemplo, as vestes das mulheres idosas das vestes usadas pelas jovens através da cor.

O mesmo pode se dizer da diferenciação de gêneros, embora exista uma tendência na cultura ocidental a que isso desapareça.

Os hábitos sociais fixam atitudes psicológicas que orientam inconscientemente inclinações individuais.

Esses significados ficam tão enraizados na nossa cultura que transportamos aspectos visuais para a linguagem oral, com o objetivo de definir estados emocionais (“fulano amarelou”).

No campo psíquico, conclui-se que a reação de indivíduos deprimidos está geralmente ligada à forma, indicando o temperamento frio, controlado e introspectivo. Já pessoas mais abertas a estímulos externos têm mais sensibilidade à cor, além de estarem mais propensas à desorganização e às oscilações emocionais.

O psicólogo Juan Bamz estabeleceu um estudo muito utilizado no campo mercadológico. Nesse estudo, Bamz atribui uma faixa etária para cada cor.

Através desse estudo, percebe-se que idosos preferem tonalidades mais escuras, geralmente nos tons azul ou verde.

Outra constatação é que uma criança absorve 10% da luz azul, enquanto um idoso absorve cerca de 57%.

Nos primeiros meses, a criança tende a se interessar primeiro pelos tons quentes, e só depois tem interesse pelos tons mais frios.

Em 50% das vendas efetuadas para idosos, tons frios predominam na embalagem. Para o público jovem, a escala se inverte: 50% das compras têm predominância de cores quentes na embalagem.

Muitos especialistas defendem que a visão cromática resulta do desenvolvimento e da educação do indivíduo, uma vez que a recepção da visão cromática, o armazenamento dos estímulos visuais e a interpretação do meio ambiente se processam no córtex cerebral.

O humano acumula em sua memória experiências que o definem e fazem agir de determinadas maneiras no decorrer da sua vida. Com este enfoque, pode-se concluir que a incidência da luz influencia em como a cor será lembrada.

As pessoas de clima quente tendem a se expressar mais por determinada cor, geralmente as puras, enquanto as de clima frio tendem a optar mais pelas cores frias. Talvez isso esteja relacionado ao fato de que uma iluminação maior pode corresponder a uma recordação mais viva da cor.


7. Sensações Acromáticas


8. Sensações Cromáticas


Em síntese, é possível notar que uma cor pode nos informar
sobre inúmeros fatos. A precisão da informação dependerá
pois, da história dessa cor, do conhecimento pelo receptor da
informação dessa história e do contexto criado pela
apresentação da notícia para “empurrar” a cor para o
significado que se espera ela venha a formar.

– Luciano Guimarães
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Tipografia: Fundamentos e Classificação

A escolha da tipografia também comunica uma ideia, um conceito.

O principal objetivo da tipografia é dar ordem estrutural e forma, tanto a materiais impressos como digitais.

O conhecimento adequado ao uso das diversas classificações de fontes é importantíssimo, pois a tipografia é um dos pilares do design gráfico.

Tipografia” vem do grego typos (forma) e graphein (escrita).

A tipografia tem uma íntima relação com determinada cultura e determinada tecnologia.

Deve conversar com a identidade conceitual do projeto, considerando a ergonomia (facilitar a leitura).

Tipografia se relaciona à impressão dos tipos, surgida com a invenção da imprensa. Antes disso, não havia tipografia, uma vez que os monges escribas copiavam os textos à mão.

A invenção da imprensa possibilitou a reprodutibilidade da escrita. Por mais de 500 anos, a produção de fontes foi um processo industrial. A maioria dos tipos eram moldados em chumbo, até o surgimento da fotocomposição.

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1. Anatomia e Morfologia dos Tipos

Os diversos tipos de serifas

2. Famílias Tipográficas

Todas as fontes podem-se enquadrar numa família específica. O desenho da fonte é a principal característica para conseguirmos fazer essa classificação.

É necessário ter em conta que todas as designações familiares têm fundamentação na sua origem histórica, e isso poderá ajudar-nos a entender o porquê do desenho dessa fonte, bem como servir de suporte justificativo às nossas opções em determinado projeto (memória descritiva).

Podemos dividir as fontes em 8 famílias distintas:

1. Góticas ou Blackletter (1450)

Família de Fontes

O primeiro tipo de impressão em livros no Norte da Europa (Johann Gutenberg).

As suas formas são baseadas nos estilos caligráficos que se utilizavam para reproduzir livros.

As Góticas foram utilizadas quase durante 500 anos, mas atualmente são pouco utilizadas por serem fontes muito complexas e de difícil percepção.


2. Romanas Antigas (1475)

Família de Fontes

São fontes baseadas nas inscrições das ruínas Romanas, que eram entalhadas na pedra e serviam como canaleta para a tinta (vermelha). Foram se desenvolvendo e se espalhando ao longo de 200 anos, até darem origem às Romanas de Transição.

As Romanas antigas são fontes com as serifas arredondadas.


3. Cursivas (1500)

Família de Fontes

É uma fonte que tem origem na escrita caligráfica italiana, e aproxima-se das fontes que se baseiam na escrita manual.


4. Romanas Transicionais (1750)

Família de Fontes

Este estilo é uma refinação evoluída das Romanas antigas, e foram possíveis devido à possibilidade de fundir tipos.

São letras serifadas sempre que existam hastes, tanto na versão de caixa-alta como em caixa-baixa.

A sua principal característica é na junção da haste com a serifa fazer um ângulo arredondado.

A diferença de espessura entre hastes também é pouco acentuada.


5. Romanas Modernas ou Latinas (1775)

Família de Fontes

São fontes que descendem das Romanas, e por isso às vezes se confundem com elas.

Há um maior contraste entre as hastes, e a sua principal característica é a sua terminação da haste bruscamente em ângulo reto na junção da serifa.

A serifa reta e fina marca bem o texto.

Em 1932, o jornal The Times of London criou um tipo específico que desse facilidade de leitura, remetesse à credibilidade, sobriedade e a um império de poder: Times New Roman.


6. Egípcias ou Serifa Quadrada (1825)

Família de Fontes

São fontes com serifas retangulares bastante evidentes, geralmente da mesma espessura que as hastes, para dar sustentação.

As letras são baseadas no estilo das inscrições egípcias (hieróglifos), que eram esculpidos em pedra.

É uma fonte pesada, usada para fins específicos.


7. Grotescas, Bastonete, Humanista, Geométrica ou Sans Serif (1900)

Família de Fontes

As fontes pertencentes às grotescas não apresentam serifas, são chamadas letras de bastão e são das fontes onde é mais provável encontrar negrito, itálico, light e regular.


8. Fantasia, Mistas e Tipos Digitais (1900)

Família de Fontes

São fontes que não se conseguem enquadras nas famílias acima referidas, e que têm características confundidas, misturadas, ornamentadas e até icônicas.


3. História da Tipografia


4. Tipometria

O estudo que se ocupa com a medição dos tipos e caracteres.

4.1. Sistemas de Medição

A tipometria conta com dois sistemas de medição, ambos duodecimais (base 12) e têm como sistema elementar de medição o ponto tipográfico. Servem para medir os corpos de caracteres e todas as medidas da página impressa.

  • Didot:
    • Desenvolvido em 1775 por François-Ambroise Didot, corresponde a 0,376065 mm.
    • Doze pontos didot formam um cicero, que mede 4,513 mm.
  • Paica:
    • Desenvolvido no final do século XIX, nos Estados Unidos e Inglaterra, mede 0,351368 mm e corresponde a 1/72 da polegada inglesa.
    • Doze pontos paica formam a paica, que mede 4,216416 mm.

4.2. Corpo ou Olho do Caracter

O corpo do caracter quivale à máxima distância entre a face anterior e posterior do paralelepípedo metálico sobre o qual é fundido o caracter. O corpo é uma dimensão constante em todos os alfabetos.

O olho do caracter é tudo o que se vê da letra impressa. Corresponde às reais dimensões do caracter.

A subdivisão do olho são: superior, médio e inferior.

  • Os caracteres minúsculos com hastes descendentes ocupam o olho médio e o inferior.
  • Os caracteres minúsculos com hastes ascendentes ocupam o olho médio e o superior.
  • Os demais caracteres minúsculos ocupam o olho médio, também conhecido como altura x.

4.3. Fonte

Conjunto de caracteres em um único estilo específico.

Na tipografia com tipos móveis, cada tamanho de corpo, medido em pontos, era considerado uma fonte diferente, mesmo que se tratasse de um conjunto de caracteres com faces exatamente do mesmo estilo. Isso se justificava pelo fato de ser necessário cortar e fundir matrizes diferentes.

Em tipografia digital, uma fonte pode ser definida como uma matriz virtual, na forma de um arquivo contendo a definição das propriedades métricas de um grupo de caracteres que podem ser atualizados em qualquer corpo.

Uma fonte digital é definida por suas características visuais, independente do corpo.


4.4. Família

Conjunto formado por uma fonte e suas variações:

  • Normal ou Regular
  • Negrito ou Bold
  • Itálico ou Italics
  • VERSALETTE (maiúsculas menores)

Em aplicações digitais, é possivel gerar algoritmicamente algumas dessas variações a partir do mesmo arquivo de fonte. Isso não caracteriza família, uma vez que a matriz é a mesma.

O termo deve ser reservado para o caso de fontes para as quais o designer desenvolveu e gerou variações a partir de uma face básica.


4.5. Entrelinha

Entrelinha significa aumentar o espaço, no sentido vertical, entre as linhas de um texto.

A composição que não leva nenhuma entrelinha, é chamada de desentrelinhada, cerrada ou cheia.

O entrelinhamento é medido em pontos e, às vezes, em meio-ponto.

O branco do entrelinhamento não deve ser inferior ao branco que separa as palavras, principalmente em textos longos.


4.6. Entreletras e Entrepalavras

Todo texto, grande ou pequeno, ocupa um determinado espaço entre uma palavra e outra, e entre uma letra e outra.

O texto deve ser ajustado para ficar vsualmente agradável, e não apenas mecanicamente correto.

Em algumas publicações, vemos textos onde uma linha está cheia de buracos e a seguinte está apertada. Para resolver, pode-se hifenizar o texto. Caso não seja possível, ajusta-se o entreletra, ou o entrepalavras, manualmente.


4.7. Alinhamento de Parágrafos

  • Justificado (maioria dos textos);
  • Centralizado (muito formal);
  • À esquerda (maior harmonia);
  • À direita (evitado, pois lemos da esquerda para a direita, usar somente em textos curtos).
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5. Dicas de Seleção de Fonte

  1. Para legibilidade máxima, escolha tipos clássicos e testados ao longo do tempo, com eficácia comprovada.
  2. Contraste é a chave para legibilidade.
  3. Combine uma fonte sem serifa com uma fonte serifada. Não combine 2 fontes similares.
  4. Utilize somente 2 fontes. Só utilize 3 quando absolutamente necessário (este é um conceito moderno que pode ser subvertido).
  5. Não misture diferentes estilos. Combine fontes de estilos complementares e idades similares.
  6. Conheça a família da fonte. Utilize fontes com pesos diferentes de uma mesma famíla.
  7. Evite as seguintes fontes: Comic Sans, Papyrus, Curlz, Vinar, Kristen e outras similares (não passam credibilidade).
  8. Evitar órfãos (a última palavra sozinha na linha) e viúvas (a última palavra sozinha na página ou coluna).
  9. Para leituras contínuas e longas, use fontes com serifa.
  10. Para leituras de impacto e efêmeras, use fontes sem serifa.
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Espaço: Perspectiva

É um dos métodos mais populares de simular a profundidade no plano bidimensional.

1. Perspectiva Cônica ou Linear

As linhas paralelas se encontram visualmente no horizonte. Todos os elementos são projetados a partir dessas linhas. Quanto mais distante, mais próximo do ponto de fuga e da linha do horizonte.

1 Ponto de Fuga

2 Pontos de Fuga

3 Pontos de Fuga

4 Pontos de Fuga

5 Pontos de Fuga


2. Perspectiva Cavalera

A projeção frontal da face do cubo é fixa, e a face lateral forma ângulos de 30º, 45º ou 60º com a linha de base.


3. Perspectiva Isométrica

A aresta do cubo é projetada frontalmente, e as faces formam entre si um ângulo de 120º.


4. Perspectiva Atmosférica

A profundidade é simulada alterando-se as tonalidades de cor, por influência da atmosfera (do ar) e da luz.

A luz refletida pelos objetos viaja pelo espaço e vai ficando mais clara, mais azulada e mais saturada à medida que se distancia no horizonte.

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Espaço: Profundidade

Muitos desenhos passam a sensação de possuírem profundidade, que é na verdade uma simulação da realidade tridimensional num plano bidimensional (papel, tela, qualquer superfície plana).

Podemos obter esse efeito visual através de alguns truques:

  1. Posição dos elementos no plano da tela;
  2. Sobreposição dos elementos;
  3. Tamanho dos elementos;
  4. Perspectiva (cônica, cavalera e isométrica);
  5. Tonalidades, luzes e sombras.

1. Posição dos Elementos

Objetos mais acima do plano parecem mais distantes. Objetos mais abaixo parecem estar mais próximos.

Essa sensação está relacionada com a maneira como enxergamos: caminhamos em pé, formando a linha do horizonte, e temos a noção de que o solo está visualmente abaixo e o céu, acima.


2. Sobreposição

Objetos na frente um do outro indicam planos diferenciados, passando a noção de mais à frente ou mais ao fundo.


3. Tamanho

Quando temos o referencial de um objeto que podemos identificar (casa, pessoa, porta etc.), podemos passar a sensação de profundidade alterando o tamanho dos outros elementos: quanto menor, mais longe; quanto maior, mais perto.


4. Perspectivas

Veja – Espaço: Perspectiva


5. Tonalidades, Luzes e Sombras

Veja – Forma: Luzes e Sombras


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Espaço: Planta Tridimensional

Quando começamos a desenhar, temos a tendência de entender o espaço como um lugar onde uma série de elementos é colocada, construindo imagens puramente bidimensionais.

Se compararmos o desenho com a escrita, a imagem acima se assemelharia a um ditado de palavras. Nosso cérebro é capaz de relacionar os elementos, mas essa composição analítica, catalográfica, taxidérmica, pode criar uma sensação de artificialidade, de ausência de integração entre os elementos.

Na natureza, os elementos são dispostos devido a uma série de fatores combinados com um grande grau de aleatoriedade (processos geológicos, culturais, sociopolíticos, causalidades e casualidades, forças da natureza, condições do terreno, compreensão da realidade etc.). Integrar os elementos na composição da imagem faz com que ela pareça mais “natural

Ainda comparando à escrita, a imagem acima agora poderia ser um poema.


Técnica de Planejamento Cúbico da Cena

1. Crie um cubo e organize os elementos dentro deste espaço.

2. Com essa imagem inicial, decida onde posicionar o olho do observador.

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Espaço: Composição

Distribuição ou organização dos elementos dentro de um determinado espaço (papel, tela etc).

É uma das formas do artista acionar emoções no observador (clareza, suavidade, conflito, harmonia, desconforto e toda uma gama de sensações).

Levamos em consideração: linhas, massas, formas, tons, cores e volumes dentro da composição.

Não significa apenas criar imagens “bonitas”, mas conduzir o olhar do observador pelos elementos da imagem.

A ordem de “leitura” de imagem tende a ser da esquerda para a direita, o que pode ser aproveitado pelo desenhista como forma de guiar o olhar do observador, elencando a ordem de importância dos componentes da imagem.


1. Organização por Quadrantes

Uma das formas mais simples de pensar a composição é a divisão em quadrantes, onde podemos determinar o “peso” visual de cada elemento.

Deslocar os elementos para um dos lados torna a imagem mais dinâmica, pois quebra o equilíbrio (efeito espelhado) dos elementos centralizados.

Elementos separados, desintegrados, passam a ideia de catalogação (apresentação de elementos não relacionados). O observador irá montar a relação entre os elementos.

Ocupar os quadros inferiores dá a ideia de solidez e segurança. Ocupar os quadros superiores causa instabilidade, conflito e os elementos que estão acima ameaçam cair” ou ocupar os quadros inferiores.


2. Regra dos Terços

Composição muito utilizada na fotografia, revela 4 pontos de interesse na imagem.

As regras do mundo das artes foram feitas para serem quebradas. Pense como subverter essas regras de composição, para criar imagens realmente interessantes. Busque o máximo de expressividade no desenho, tornando-o interessante, memorável, que passe a mensagem que você deseja.


3. Intenção

É a emoção que o artista deseja causar no observador. Não existe imagem ingênua. Toda imagem quer dizer algo, serve a algum propósito (tratar de alguma emoção, vender um produto, passar uma mensagem). Hoje, somos bombardeados por imagens que competem por nossa atenção.

Compor é atrair o olhar do observador para determinados pontos do plano, “manipulando” a sua leitura e expressando as mais diversas sensações.

Essa composição, apesar da ilusão de óptica, pode ser considerada monótona. É simétrica, sem movimento. Nada (além dos quadrados-fantasma) acontece na composição. Mesmice, monotonia e repetição podem ser palavras que a descrevam.

Já essas composições tem intenções completamente diferentes. Mudanças de cor, formato, tonalidades, eixo etc. expressam diferentes emoções, e a monotonia vira dinamismo, a mesmice vira movimento.


4. Composição em Relação às Linhas e Formas

A composição considera o sentido das linhas, o movimento que elas sugerem no desenho.

Apesar de invisíveis, indicam a direção do olhar e a dinâmica da imagem, pois é através delas que somos guiados pela composição.

O movimento criado pelo sentido das linhas muitas vezes representam o processo de pensamento do artista que a compôs, o tempo histórico da criação da imagem, o contexto sócio-cultural da época e a maneira como certos grupos entendiam a construção de imagens.

Os renascentistas compunham organizando os elementos em linhas horizontais, passando a sensação de harmonia e equilíbrio, valores resgatados da antiguidade clássica.

Os barrocos, por outro lado, retratavam a dramaticidade em temas fortes, com linhas inclinadas e intenso contraste entre luz e sombras, representando a contrareforma católica.

A arte dos dias atuais contém a abrangência e o hibridismo característicos do nosso tempo.


5. Da Abstração para a Ilustração



6. Composição e Direções do Olhar

Além de expressar emoções, a posição dos elementos na cena também direciona o olhar do observador pela imagem, revelando ou escondendo elementos.


7. O Lugar do Criador e do Observador

O observador sempre está posicionado em algum lugar na imagem. Pode estar mais próximo dos personagens, quando queremos explorar as emoções intensas e o drama da cena. Ou mais distante, quando desejamos exibir as dimensões e a expressividade do cenário. Afastar o observador da cena pode ser subjetivo e complexo, como em imagens que trabalham o conceito de dimensões paralelas. Podemos ainda esconder o observador atrás de colunas, primeiros planos, transformando-o num voyeur da cena, um espião etc.

Na pintura tradicional, o observador ocupa o lugar do pintor, no momento em que o artista pinta o quadro, possuindo a mesma visão do artista frente aos modelos ou à paisagem. Algumas imagens, porém, colocam em xeque esse conceito, subvertendo a ordem e a posição do artista e do observador na cena.

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Princípios da Coerência e Coesão Textual

A coesão é gramatical, mas também é semântica, pois em muitos casos a relação entre as partes do texto se dá com a percepção dos significados e da interação entre os interlocutores. A coesão contribui para a coerência.

São os processos cognitivos que contribuem para a construção de sentido no texto, não necessariamente os processos gramaticais. Isso significa que a coerência é uma espécie de princípio global de interpretação.

Apesar de não serem completamente incoerentes, alguns textos podem apresentar quebra de coerência em pontos localizados, o que pode ser corrigido com base nas metarregras de coerência, de Charroles e Fonseca, cujos princípios básicos são:

  • Continuidade
    • A retomada de elementos e ideias no decorrer do texto.
    • A referência (anáfora e catáfora) é uma estratégia de continuidade.
    • Todo texto precisa tratar de um tópico central, que se mantém ao longo do texto com retomadas.
  • Progressão
    • A partir do eixo central, novas ideias e informações fazem o texto progredir.
    • Sem isso, o texto se torna um grande círculo em que as informações se repetem de forma redundante.
    • A tautologia, pleonasmo ou redundância pode ter sentido enfático, se utilizada de modo planejado. Porém, a repetição desnecessária de ideias prejudica a interpretabilidade do texto, gerando problemas de coerência por falta de progressão textual.
  • Não contradição
    • O texto deve ser coerente interna e externamente.
    • Suas partes não podem se contradizer entre si, deve haver uma lógica compatível entre as ideias.
    • O texto também não pode contradizer a realidade exterior à qual se refere, seja ela real ou fictícia.
  • Articulação
    • Princípio da coerência que tem estreita relação com a coesão.
    • As ideias apresentadas devem ter um encadeamento lógico e uma organização.
    • As relações estabelecidas entre as informações devem estar claras (fluidez de leitura).
    • Estratégia de articulação mais utilizada: conectivos
      • Além disso
      • Porém
      • No entanto
      • Portanto
      • Assim
      • Então
      • (outros)
    • A escolha do conectivo depende da relação que se deseja enfatizar
      • Conformidade
      • Adversidade
      • Complementação
      • Conclusão
      • (outras)
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Coesão Textual

1. O que é Coesão?

É a propriedade de articulação das ideias no texto, tornando-o uma unidade harmônica de sentido, e não um conjunto desconexo de ideias soltas.

É a conexão existente entre as ideias. Ela se manifesta por meio de elementos linguísticos, como conectivos, preposições e conjunções, que articulam as partes do texto.


2. Estratégias de Coesão

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  • Referência
    • Processo de retomada (anáfora) ou antecipação (catáfora) de referentes no texto.
    • Contribui para a manutenção temática e sequenciamento de ideias do texto, evitando repetições desnecessárias.
  • Substituição
    • Substitui uma palavra ou expressão já citada no texto.
    • Evita repetições desnecessárias e proporciona novas relações semânticas, a partir da inserção de novos vocábulos.
  • Elisão (elipse)
    • Recupera um referente sem citá-lo (anáfora zero).
    • Quando a informação elipsada já está clara, a elisão evita redundâncias.
  • Conjunção
    • Mecanismos coesivos que estabelecem vínculos entre frases (de tempo, causa, consequência, alternância, oposição, condição, finalidade, entre outros).
  • Coesão lexical
    • Seleção e uso de palavras que se relacionem entre si.
    • Articula as ideias no texto de modo que a forma e o conteúdo estejam harmoniosamente organizados.

A escrita é mais propícia à utilização dos elementos linguísticos de coesão, pois é possível reler e reescrever. Por outro lado, na dinamicidade da fala, a coesão se estabelece por elementos extratextuais (conhecimento compartilhado, gestos, pausas, entonações…).

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Coerência Textual

O texto é a unidade básica da comunicação. Quando nos comunicamos, queremos nos fazer entender pela linguagem oral ou escrita. E quem lê ou escuta um texto também procura nele um sentido.


1. O que é Coerência?

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A coerência diz respeito à construção de sentidos no texto, ou seja, sua interpretabilidade.

Apesar de haver textos com problemas de coerência, não existem textos completamente incoerentes, uma vez que todos desejam ser compreendidos. As incoerências localizadas podem ser superadas por meio da reescrita.

A coerência interna do texto é definida pelo domínio linguístico, enquanto a coerência externa é determinada pelos domínios pragmático e extralinguístico.

  • Domínio linguístico: uso coerente de recursos gramaticais e seleção adequada de palavras e expressões, não havendo contradições. Novas informações adicionadas contribuem para a progressão de um texto.
  • Domínio pragmático: a interação, o contexto, o tipo do ato de fala, as crenças e valores dos interlocutores. Adequação à situação comunicativa.
  • Domínio extralinguístico: o conhecimento de mundo dos interlocutores e o conhecimento compartilhado por eles, que confere sentido completo ao texto. Estes dois últimos domínios são chamados de coerência externa pois averiguam a veracidade das informações, se contradizem ou não o mundo exterior à qual o texto pertence.

2. Fatores de Coerência

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A construção da coerência ocorre pela consonância de fatores linguísticos e extralinguísticos.

  • Elementos linguísticos: são pistas que conduzem o leitor à plena interpretação dos sentidos do texto.
    • Seleção das palavras (léxico);
    • Organização em frases (sintaxe);
    • Relação com outras palavras (semântica);
  • Conhecimento de mundo: processo mais profundo da interpretação de sentidos, que vai além da superficialidade linguística do texto, relacionando-a com os conhecimentos e experiências anteriores do leitor, que são resgatadas pela memória a partir das pistas linguísticas do texto.
  • Conhecimento compartilhado: o conhecimento de mundo comum entre os interlocutores, para que se compreendam mutuamente.
  • Inferência: operação dedutiva por meio da qual o leitor chega a conclusões que não estão explícitas no texto. Ao produzir um texto, geralmente se omite algumas informações que se julgam desnecessárias ou que se considere que o leitor será capaz de realizar as inferências.

Todo texto assemelha-se a um iceberg: o que está à tona, explicitado no texto, é apenas uma parte daquilo que fica submerso, implicitado. Por isso, a coerência é considerada bem mais um processo cognitivo do que linguístico.

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Gênero e Tecnologia

O surgimento da Internet e das novas tecnologias digitais acarretou em transformações radicais na comunicação. Um dos maiores exemplos é o surgimento do hipertexto:

  • uma forma híbrida, dinâmica e flexível de linguagem,
  • que dialoga com outras interfaces semióticas,
  • adiciona e acondiciona outras formas de textualidade à sua superfície.

A emergência das tecnologias digitais propicia o surgimento de novos gêneros textuais, caracterizados por: hipertextualidade e multimodalidade.


1. Gêneros Discursivos Digitais

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São exemplos de gêneros textuais digitais:

  • E-mail
  • Blog
  • Mensagens instantâneas
  • Fórum
  • Homepage
  • Bate-papo
  • Vídeo chamada
  • Vídeo tutorial

Utilizam elementos visuais e sonoros, que vão além da escrita e a complementam, o que não é possível no texto impresso.

1.1. Hipertextualidade

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É um conjunto multienunciativo de hipertextos, a linguagem híbrida entre linguagem verbal escrita, sons, imagens estáticas e com movimento, e links, propiciada pela virtualidade.

Cada página da Internet conta com características próprias de mescla de diferentes gêneros textuais.

Oferece uma escrita não-linear, não-sequencial, que se ramifica. O leitor, agora chamado navegador, torna-se coautor do texto, pois segue links de seu interesse, aprofundando-se nos temas que chamam sua atenção, pois tem acesso quase ilimitado a outros textos.

Independente do uso, é importante filtrar as fontes, garantindo informações confiáveis e úteis ao objetivo de estudo.

1.2. Multimodalidade

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É um conceito que descreve as diversas modalidades semióticas pelas quais os textos são compostos. Exemplos:

  • Som
  • Imagem (estática ou em movimento)
  • Texto escrito
  • Gesto
  • Cores
  • Outros

Cada uma dessas modalidades contribui para a formação de sentido do texto.

Os hipertextos claramente demonstram a presença dessas diversas modalidades que se complementam. Outro exemplo são os emoticons: imagens que expressam e complementam de maneira singular os textos escritos das mensagens instantâneas.

A escolha e organização desses diferentes recursos não acontecem por acaso. O produtor do texto seleciona os recursos que irão atender a seu propósito comunicativo e os organiza em um layout que atraia a atenção de seu público-alvo.